segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016


Vamos nos permitir...



 

            As relações afetivas andam tão banais e momentâneas que primeiro você transa para depois, dependendo, talvez, conhecer "melhor" a pessoa...O sexo virou a primeira etapa da relação? Os sentimentos estão sendo deixados de lado e o desejo momentâneo está em primeiro lugar? Primeiro se vêm pelados para depois aparecerem em público de mãos dadas?

            Percebo que o sexo não só é a primeira etapa, como muitas vezes tem sido a única etapa da "relação", pois na maioria das vezes não passa disso. Deveria ser estranho considerar o sexo que é algo tão íntimo como a parte superficial do envolvimento. É comum ouvir: "A gente só transou...nada sério..." Quem nunca?! Eu não estou aqui pra me fazer de santa, acabamos entrando na dança ou nos isolamos do mundo. Mas isso não impede que eu não sinta falta daquele velho romantismo. Aquele friozinho na barriga, aquela expectativa do telefonema, o convite pra sair, o pedido de namoro...

            Não que isso não possa acontecer ainda, mas sem dúvida está cada vez mais complicado conhecer alguém de "verdade" (saber o que gostam, o que sonham, quem é a sua família...). As conversas são virtuais, escritas e curtas. As pessoas são descartáveis e facilmente substituíveis. Você não se sente especial, valorizada, não dá nem tempo de mostrar quem você é. É pá pum! É tudo ou nada, próximaaa! A parada tá fácil demais, o cara quer e ainda quer delivery!

            Não há uma conquista, a rotatividade é grande e rápida (estilo fast food...). As pessoas parecem viver com medo de se expor e correr o risco de se machucar e assim vamos deixando de conhecer realmente o outro, deixamos de criar laços afetivos, grandes amizades ou até mesmo grandes amores. Ao invés de vivermos uma experiência significativa, passamos por várias experiências que nada nos acrescenta. Perdemos a oportunidade de conhecer alguém realmente legal, que nos identificamos, com quem poderemos crescer, trocar, somar, pelo simples fato de não nos permitirmos. Não nos permitimos arriscar, não nos permitimos ser nós mesmos, não nos permitimos amar, e consequentemente  não nos permitimos ser felizes de fato.

            Vamos parar de nos preocupar com o que os outros irão dizer, como se vivêssemos em um "Big Brother" sendo julgados o tempo todo. Problema de quem tá perdendo o seu tempo olhando para a vida dos outros, azar o deles. Vamos viver da maneira que escolhermos! Vamos parar de ter medo do fracasso, do erro. Se não erramos, não aprendemos, não crescemos. Sofrer faz parte do processo, se nos poupamos da parte ruim estamos automaticamente nos PRIVANDO da parte boa.
            Como já dizia Lulu Santos...Vamos viver tudo o que há pra viver! Vamos nos permitir!

 

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Tempo, tempo, tempo...

“Pôxa, tou com saudades de você, mas ando sem tempo, está tudo muito corrido...”.
“Desculpe o meu sumiço, é que ando numa correria, sem tempo...” “Pôxa, nunca mais a gente se viu, tou com saudades de você, mas ando sem tempo, está tudo muito corrido...”. "Estou aumentando de peso mas estou sem tempo de fazer atividade e comer adequadamente..." O “sem tempo” anda tão presente no dia a dia das pessoas que está numa disputa acirrada com o “sem dinheiro” (Não descartando uma grande possibilidade em alguns seres humanos que as duas coisas estejam intensamente relacionadas!). Penso que a questão do tempo está super-relacionada com a questão das prioridades, ou seja, definitivamente tempo é uma questão de prioridade. Quer ver: Conheci uma pessoa que só vivia sem tempo, sem tempo de fazer atividade física, sem tempo para se alimenta bem, sem tempo de fazer algo prazeroso... O trabalho, as inúmeras responsabilidades entre outras coisas “tomavam” seu tempo... De repente, num fatídico dia, ele teve um infarto... Sobreviveu a ele (Maravilha!), e nos tempos seguintes teve tempo para fazer atividade física, se alimentar corretamente e saudavelmente... E tempo para trabalhar! E tempo para ter responsabilidades! E tempo para outras coisas! Um exemplo extremo e talvez exagerado, mas penso que bem oportuno para ilustrar a relação tempo vs prioridade.
Uma pergunta que não quer calar: Em que “banco” ele conseguiu tempo? Ele fez um “empréstimo” para continuar a viver um pouco mais? Como num “passe de mágica” ele “encontrou” tempo para várias coisas que ele não fazia alegando falta de tempo... Parece claro que dentro do leque de prioridades dele o de cuidar da saúde não era uma delas. Para mim isso indica que (Em qualquer situação! Qualquer mesmo! Seja ela simples ou complexa) quando se diz que não tem tempo automaticamente vem a minha mente: isso não é prioridade!
Outro episódio me vem à mente agora: uma pessoa me diz não ter tempo para fazer aula de dança, minha semana é cheia, não sobra tempo! Mas passa mais de uma hora por dia em redes sociais... Compartilhando... Compartilhando... Não podemos negar, exercita pelo menos os dedos! Brincadeiras à parte... Percebi então que a aula de dança não é prioridade na vida dela, redes sociais, sim!

Cronos, tempo linear, inflexível.
Entendam que minha pretensão aqui não é julgar ninguém, é conduzir a uma reflexão no que se refere ás nossas prioridades, se elas são mesmo benéficas, se for benéfico para alguém gastar seu tempo em redes sociais está tudo bem! Cada um tem seus desejos, seus quereres!

Digo isso por que percebo que pouco ou nenhum momento pensamos nas nossas prioridades. Paramos para pensar nessa questão de está “gastando” o nosso tempo em coisas que nos faz bem ou não?

Percebo que algumas pessoas conseguem, sim sim, conseguem! Penso que nem todas as pessoas do mundo são tolas pra gastar seu tempo em algo que não faça bem!

Mas por outro lado compreendo que o fator sobrevivência e seus inúmeros chamados nos induz a prática do “sem tempo pra nada”. Tempo, especiaria preciosa nos nossos tempos atuais. Se alguém inventar um “Banco de Tempo”, putz! Vai ficar tão rico, tão rico que não terá tempo suficiente para contar seu dinheiro!

Kairós, momento
oportuno,certo e supremo
Trocadilhos à parte, não podemos deixar de lado uma face do tempo que é simplesmente e magnificamente linda e preciosa: aquele tempo atemporal! Sim, ele existe! Um tempo em que relógios não marcam, que horas não existem... Sabe aquele tempo em que você está em companhia de alguém no qual tem uma estima muito grande? Que você encontra com essa pessoa ás 20h e chega em casa ás quase 22h e parece que esteve com ela em um espaço de tempo sem tempo? Parece loucura, mas isso acontece! O simbolismo da mitologia grega nos traz uma figura que representa essa modalidade de tempo, se chama Kairós, que nos mostra que há um tempo, um momento oportuno, certo e supremo, em que existe um espaço/tempo dentro de uma realidade atemporal. Onde esse espaço não se pode ser contado por horas, minutos e segundos... Esse “tempo” é aquele em que ao fazermos algo realmente bom, prazeroso, que realmente gostamos muito, simplesmente passa sem ter noção de contagem, de números... É aquele momento em que realmente somos o que somos, fazemos o que gostamos, expressamos o que desejamos... Penso que esse “portal”  nos encaminha para o que verdadeiramente somos, pois o que rege esse momento são os nossos quereres, nossos desejos...

Mas infelizmente caindo na realidade do dia a dia vivemos entre o tempo de kairós e o de Cronos. Entre o tempo linear e inflexível das horas, dos dias, dos anos, dos minutos, etc. e o tempo subjetivo, o momento oportuno, o momento supremo, o momento certo, atemporal, incontável, etc.

Hoje está sendo um dia (tempo linear, inflexível... Cronos!) bastante oportuno (tempo subjetivo, flexível, atemporal, incontável... Kairós!), pois é meu aniversário e há dias venho tentando escrever esse texto sobre o tempo... e não é que vivi o tempo de Kairós! Pois não percebi o tempo/cronos passar enquanto debruçada no teclado do meu notebook escrevendo sobre o tempo e sua relação com nossas prioridades. E por falar em prioridade, escrever se tornou a prioridade hoje, agora... Enquanto isso meu pai me chama para comer...


Ah, o tempo! Hoje não vou apagar velas, vou acendê-las! Não a quantidades de anos que completo hoje, vou acender algumas apenas para me lembrar de que ainda tenho tempo para viver... Penso que quando apagamos velas, simbolicamente estamos apagando os anos já vividos, que nossas experiências vivenciadas devem ser apagadas, que as luzes da vida que passou devem ser apagadas...


É, o Kairós me pegou mesmo hoje!

Clarice, a Lispector disse: “o instante já, já não é mais...” isso nos faz perceber que o momento do agora é indiscutivelmente passageiro... O que nos resta? Cuidar desse nosso tempo, cuidar para não cairmos na tolice de não ter tempo para o que é bom pra gente, eu proponho uma construção de mais tempos atemporais! Desejo mais Kairós em suas vidas! Renovem-se! Recriem-se! Nutram-se! Vejam-se! Ouçam-se! Reencontrem-se!

Sendo assim, cuide do seu tempo... Inventem, reinventem, criem, construam o sentido das suas vidas!

E não esqueçam...

Façam bom uso das suas emoções!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Respeita as minas!


          Carnaval tá aí pessoal e TODOS queremos curtir. Eu particularmente, adoro bloquinhos de rua, coloco fantasia, danço, dou risada e conheço pessoas novas. Essa época do ano as pessoas ficam mais abertas e descontraídas e isso é ótimo! Melhor ainda seria se nós mulheres não precisássemos sofrer certos "ataques" de alguns caras machistas que ainda existem por aí.

         Final de semana passado eu estava num bloquinho de pré carnaval que costumo participar e onde nunca fui desrespeitada por ser frequentado por uma galera bem tranquila e mente aberta. Porém, com a fama que o bloco tem feito, aconteceu de encher demais, inclusive de caras que não tem nada a ver com o ambiente e o único intuito é pegar mulher. No único momento em que fiquei sozinha por ter me desencontrado do meu grupo de amigos um carinha desses bem novinho veio pra cima de mim já me agarrando pela cintura, fui rápida e me desvencilhei, porém, assim que me virei, um coleguinha dele sem noção, veio e me deu um chute! Sim, um chute! Por mais pré-histórico que pareça, fui agredida sem motivo e num ato que considero muito mais covarde por ser pelas costas. Só sei que no impulso me virei e xinguei o garoto que ficou sorrindo da minha cara. Me senti tão impotente no momento que nem consegui mais me divertir. Fiquei pensando que até me arrisquei em ter xingado porque era capaz de ser mais agredida ainda por eles.

         Nós mulheres, ficamos sem voz nesses momentos, não temos como nos defender. Mas eu não quero ser refém desse machismo não, sou solteira e quero ter o direito de sair sozinha, sem precisar estar com um homem pra me sentir segura. É querer demais?! Tenho certeza que não, mas o que eu puder fazer pra isso acabar eu faço. Seja expondo o assunto, abrindo os olhos das pessoas que conheço e ensinando o meu filho todos os dias a nunca na vida tratar uma mulher com desrespeito.

         No mais, ficam aqui os meus questionamentos: Até quando vamos ter que passar por situações como essa?! Como nos proteger disso?? Mulheres solteiras desacompanhadas têm que viver com medo?? Não temos os mesmos direitos de nos divertir onde, quando e da maneira que queremos??

         Isso tem que mudar! Respeita as minas! Vamos curtir o carnaval em paz, e ser feliz!


sábado, 16 de janeiro de 2016

Para toda ação há uma reação? Para toda ação há uma consequência?

Se a resposta para as duas questões for sim, SENDO ASSIM...
Desejo aqui abordar uma questão que pode parecer banal, ou simplista e talvez clara demais. No entanto, é exatamente essa simplicidade que gostaria de explorar: as consequências das nossas atitudes no cotidiano que pode aparecer de forma consciente ou inconsciente.
A expressão escolhida para intitular este blog pretende justamente fomentar uma reflexão dessas nossas atitudes, escolhas e ações que geram consequências boas ou ruins a nosso favor.
Sendo assim, por conseguinte, consequentemente, assim sendo... tais expressões nos movem a refletir sobre o que fazemos da nossa vida... o que nos transformam, nos atos que permitem nosso crescimento ou naqueles que podem nos regredir ou simplesmente não permitir que avancemos.

Mas a proposta aqui não é ficarmos apenas na reflexão e sim no prolongamento desta que desemboca na AÇÃO, na ATITUDE... Na tomada de consciência e consequentemente na tomada de ação!
Isso vai nos levar a pensar sobre sentimentos, sobre emoções, sobre limites e acima de tudo sobre SUPERAÇÃO!



Está lançado o convite, o desafio e a descoberta de aventurarmos no que está dentro da gente e o entendimento do que acontece ao nosso redor resultante desse processo interno em conjunção com nossos processos relacionais.






Faça um bom uso das suas emoções!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

A vida e seus desafios! Sendo assim...

     "Muitas vezes, passamos um longo tempo de nossas vidas correndo  desesperadamente atrás de algo que desejamos, seja um amor, um emprego, uma casa, uma  amizade…
     Muitas vezes, a vida usa símbolos, acontecimentos, que são sinais para que possamos entender que antes de merecermos aquilo que desejamos, precisamos aprender algo importante, precisamos estar prontos e maduros para viver determinadas situações.
     Se isso está acontecendo na sua vida, pare e reflita sobre a seguinte frase: "Não corra atrás das borboletas. Cuide do seu jardim e elas virão até você!" 
     Devemos compreender que a vida segue seu fluxo e que ele é perfeito. Tudo  acontece no seu devido tempo. Nós  seres humanos é que nos tornamos ansiosos e estamos  constantemente querendo “empurrar o rio”. Calma! O rio vai sozinho, obedecendo ao ritmo da natureza. Se passarmos todo o  tempo desejando as borboletas e reclamando porque elas não se aproximam da  gente, mas vivem no jardim do nosso vizinho, elas realmente não virão. Mas, se  nos dedicarmos a cuidar do nosso jardim, a transformar o nosso espaço, a nossa  vida, num ambiente agradável, perfumado e bonito, será inevitável...as borboletas virão até nós!
     Dê o que você tem de melhor e a vida lhe  retribuirá!"